As pessoas estão revendo suas prioridades e focando no que lhes é essencial. É momento de se colocar no lugar do outro e tentar ajudar: o vizinho idoso, os moradores de rua, os animais abandonados, as mulheres que sofrem violência doméstica. O mesmo vale para empresas e marcas: é importante as empresas se manterem relevante – e nada é tão relevante agora como a empatia traduzida em ações e guiando estratégias.

A new balance, por exemplo, divulgou que suas fábricas redirecionaram as operações para a produzir máscaras médicas a partir do material utilizado na confecção de tênis. A Natura e a Avon, por sua vez, deixaram de produzir perfumes e maquiagens temporariamente e doaram 2,8 milhões de sabonetes em barra e líquido para comunidades carentes nas cidades do entorno de suas operações no Brasil e em outros países da América Latina.  Diversas empresas da área química e cosmética se disponibilizaram para produzir e vender álcool em gel a preço de custo. Isso sem falar da infinidade de organizações que passaram a produzir ou permitir acesso ao mais diverso tipo de conteúdo, de cursos a meditações guiadas online, com o intuito de melhorar o bem-estar das pessoas em quarentena.

O que sua empresa tem feito durante a crise pela qual estamos passando? Os funcionários estão liberados para trabalhar de casa? Vocês modificaram ou adaptaram algum produto ou serviço visando a segurança não somente do seu consumidor final, mas também a da sua equipe e fornecedores? Sua empresa está envolvida direta ou indiretamente no auxílio aos que estão mais vulneráveis e desamparados? Sua marca cria e/ou oferece algum tipo de facilidade para ajudar as pessoas durante a quarentena? Ou vocês estão negando a realidade, fingindo que não tem nada de diferente acontecendo, e focando na divulgação e venda de produtos e serviços como sempre fizeram?

É claro que para empresas menores o impacto da crise pode ser muito maior. Como se não bastassem todos os riscos e incertezas, provavelmente não haverá recursos para investir em algo grandioso. Mas não estamos falando de quanto sua empresa pode doar para ajudar a combater a pandemia, e sim em como você, como gestor, pode exercer empatia e manter sua empresa relevante, tanto em termos adaptar a oferta de serviços e produto quanto em termos de proteger e agregar valor para sua equipe, seus consumidores e a população da área onde você atua.

Não estou sugerindo nada caro, ou complicado. Estou pedindo que você, empresário/a, se coloque no lugar do outro. Não sabemos ainda como será o mundo pós-pandemia, mas já é possível prever que a empatia, disseminada em todas as esferas, será item imprescindível para que continuemos a existir como sociedade. Sua empresa está preparada?